domingo, 31 de dezembro de 2017

AOS DESPORTISTAS DO BRASIL, OS VASCAÍNOS DESEJAM UM FELIZ ANO NOVO!






Quando o mundo estava em guerra, realizava-se ao fim de cada ano a final do campeonato brasileiro de seleções estaduais.

Era uma dessas finais entre Rio e São Paulo, disputada na nossa casa, São Januário, e a fidalguia vascaína prevalecia acima de qualquer rivalidade.
Assim como nossos antepassados faziam, Memória Vascaína deseja a todos um FELIZ ANO NOVO!


foto: acervo pessoal
*30/12/1943 - Ao lado da faixa vascaína o presidente da FMF, Vargas Neto - Distrito Federal 2 X 1 São Paulo
**Nossos agradecimentos ao amigo Fernando Matta, da NetVasco, na identificação da data da foto

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

HÁ 80 ANOS FOI CRIADO OFICIALMENTE O UNIFORME BRANCO DO VASCO


O VERÃO E OS JOGOS NOTURNOS MOTIVARAM A CRIAÇÃO DO SEGUNDO UNIFORME



O Jornal - 18 de janeiro de 1938


Corria o ano de 1937, ano da pacificação do futebol carioca e da unificação sob uma mesma entidade, a Liga de Football do Rio de Janeiro (LFRJ) que passou a agregar todos os clubes cariocas na prática do futebol profissional.

Da união criou-se o novo campeonato de futebol de 1937 que se iniciou tardiamente em outubro daquele mesmo ano e avançou até o mês de janeiro de 1938, em pleno verão escaldante.

Para amenizar-se a situação, a LFRJ designou jogos noturnos para o horário das 21 horas, inclusive aos domingos.

O fato da baixa reflexão da cor negra sob os refletores de antigamente, bem como a excessiva concentração de calor do verão sob a camisa negra, eram preocupações de dirigentes quanto ao desgaste dos jogadores.

Naquele tempo a diretoria do Vasco tinha ciência que a camisa negra do Departamento de Desportos Terrestres propiciava a retenção de calor no corpo do atleta. Tanto que nos esportes olímpicos já se adotava como uniforme uma camiseta branca com duas finas faixas pretas horizontais, tendo o escudo completo no meio do peito.

No futebol, entretanto, a famosa camisa negra permanecia a única titular do scratch vascaíno, até que surgiu a questão dos excessivos jogos noturnos no verão carioca daquele campeonato.

Foi no dia 1.º de dezembro de 1937, na reunião de diretoria em que participaram o Presidente em Exercício Pedro Novaes, o 3.º Vice-Presidente Cyro Aranha, o Sub-Diretor Social Ismael de Souza, o Diretor de Desportos Terrestres Claudionor Correa (Bolão - campeão de 1923), o 2.º Procurador Rubens Esposel Pinto dentre outros, que se bateu o martelo.

Ao final da ordem do dia o 2.º procurador pediu a palavra abordando o assunto "referente ao uso de um 2.º uniforme para jogos noturnos, em caso de emergência propõe que seja adotado o seguinte uniforme: calção branco, camisa branca com faixa preta em diagonal e a cruz de malta ao peito. O Sr. Presidente põe em discussão a proposta apresentada pelo 2.º Procurador, estabelecendo-se acalorada discussão sobre o assunto, finda a qual é a proposta aprovada." (Ata da Reunião de Diretoria - 1.º de dezembro de 1937)

A camisa branca nada mais é do que a inversão da camisa de honra do Vasco - negra com faixa a tiracolo branca - originária do remo, estabelecida ainda no século XIX, em 16 de julho de 1899.

Assim foi criado oficialmente o uniforme noturno de verão que estrearia logo a seguir num domingo à noite, às 21 horas do dia 16 de janeiro de 1938, na vitória contra o Bonsucesso por 4 a 1, cujo branco da nova camisa se refletiu brilhantemente sob os refletores do primeiro estádio a possuir iluminação noturna no Brasil, o Stadium Vasco da Gama!